Resenha: Superman: O Último Filho - Geoff Johns e Richard Donner
Superman: O Último Filho, de Geoff Johns e Richard Donner, com arte de Adam Kubert, é um misto de surpresa e um pouco de decepção. Primeiro, para contextualizar, Geoff Johns sempre esteve envolvido com o Homem de Aço, tendo em vista que roteirizou vários episódios de Smallville. Richard Donner, por sua vez, foi o diretor do imortal Superman - O Filme de 1979. Com isso, vemos que toda a história por traz de "O Último Filho" faz menção quase que exata ao universo Donner criado nos dois primeiros filmes de maior sucesso do azulão. Estão lá a fortaleza em forma de cristais, o holograma de Jor-El, Zod, Ursa e Non como trio de vilões que querem dominar o mundo, a zona fantasma...
A história recria praticamente todo o filme "Superman 2", quando o trio de vilões kriptonianos foge da zona fantasma para dominar a Terra e se vingar do filho de Jor-El. Contudo, existe uma grande diferença aqui: para escapar da prisão, Zod e Ursa utilizam seu próprio filho, concebido na zona fantasma e enviado para fora dela. Ao chegar na Terra, o pequenino é encontrado por Clark que resolve adotá-lo pensando ser o último remanescente de seu planeta. E assim existem os grandes lances da história: podemos ver Clark e Lois passando pelos mesmos dilemas que Jonathan e Martha Kent tiveram ao adotar o próprio filho, a vontade de Kal-El de ser pai, tendo em vista que sua fisiologia não permitiria ter um filho com uma humana, e a homenagem incrível a Christopher Reeve, que deixo aqui como uma surpresa para os leitores descobrirem.
Apesar de vários elementos incríveis a história escorrega em vários momentos. Tudo é muito rápido. A paternidade criada entre Superman e Lor-Zod (nome dado ao filho do vilão) poderia ter sido melhor explorada e a resolução do conflito épico também se dá de forma acelerada e quase boba. A arte de Adam Kubert também sofre o mesmo problema: alguns quadros são incríveis, porém existem outros que chegam a ser feios e confusos.
"Superman: O Último Filho" parece ser um episódio de uma série do azulão tendo em vista a forma tão rápida que tudo acontece. Não deixa de ser divertido, mas perde o elemento épico que poderia ter tido. Seu status é mais de homenagem ao filme de 1979 do que uma história marcante do homem de aço.
Nota: 4/5 (Ótimo)
ISNB: 978-85-8378-040-3
Editora: Eaglemoss
Tradução: Alexandre Callari e Mário Luiz C. Barroso
Ano: 2015
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Até mais! Cris
09 Maio 2016
Bacana sua resenha! Cris, quantas páginas possui esta HQ?
ResponderExcluirAbraços,
Fúria
Só de saber que essa hq recria praticamente a história de Superman 2 já é gratificante.
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